quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

ANTES FOSSEM PÓS-VERDADES, ANTES SEJAM “FAKE-NEWS”

                                                                    

Aeroporto fechado… Aviões parados,,, 3000 passageiros em terra… Ventos a mais de 100Km… Árvores arrancadas… Estruturas destruídas… Açoites da chuva e negrume das nuvens…
Oiço o eco repetido de Pessoa – Ó Portugal, hoje és nevoeiro!
Para onde vamos”… Onde é o caminho?... se é que há caminho.
Hoje sou o aeroporto encerrado, o avião parado, o passageiro amarrado, o vento sem norte, o açoite, o negrume.
As “bombas” que hoje rebentam com os ecrãs e encharcam as remas dos jornais deixaram-me assim, de mãos atadas. Amanhã, talvez se desatem sobre o teclado expectante.
Vou esperar que o vento amaine para transpor a ponte que me leva do último dia ímpar de Janeiro até ao primeiro dia ímpar de Fevereiro.
Passo a noite em claro, na ilusão de que o furacão da notícia não passe de mais um estalo das fake-news, de mais outra pós-verdade.

31.Jan.18/01.Fev.18
Martins Júnior  

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