sexta-feira, 11 de maio de 2018

PORTUGAL – CAPITAL DA EUROPA! MADEIRA – “A EUROPA DOS PEQUENINOS”


                                                                     

      Não será despropositado, muito menos de um eriçado orgulho circunstancial, cognominar o nosso país, aqui e agora, como o epicentro cultural da Europa. O “9 de Maio” alongou-se por toda esta semana, mercê dos dois talentosos  irmãos – a Luísa e o Salvador – que, desde a longínqua Kiev, trouxeram para Lisboa o ex-libris sonoro das muitas bandeiras entrelaçadas no círculo estelar do Velho Continente. Portugal, nestes dias, respira Europa por todos os poros e é por ele que a Europa expande e irradia para todo o planeta. O Parlamento Europeu deixou Bruxelas e os “deputados” já não discutem, cantam. Já não somam parcelas, desfraldam garbosamente “canções ao vento que passa”.
         Na Madeira é notória a paisagem infanto-juvenil que se passeia diante dos nossos olhos  sobre o tapete florido da “Festa da Flor”. Vejo, por isso, a nossa ilha como um segmento primaveril e a  que me apraz chamar de “Europa dos Pequeninos”, no rasto cada vez mais crescente do Programa “Erasmus”.
         É um acontecimento inédito, nunca se o viu nas nossas fronteiras e duvido que o tornemos a ver. Razão pela qual seria insipiente e contraproducente deixar passar em claro esta efeméride sem dela extrairmos as mais elementares e pertinentes ilações. Desde logo, descobrirmos o nosso lugar na Europa, como somos vistos e contados pelos altos centros de decisão. Paralelamente, interiorizarmos a convicção de que, neste majestoso hemiciclo, nem sempre ganha o mais forte. Os gigantes também têm pés de barro. E só à luz deste prisma se entende como é que um país periférico, escasso e pobre, que é Portugal, conseguiu  guindar-se ao vértice da glória, com Luísa e Salvador. Lição magnífica esta do Magno Parlamento da Eurovisão se se transformasse no Único Normativo de uma verdadeira Constituição Europeia: remover os critérios falaciosos e egoístas fabricados pelo nacionalismo proteccionista e conferir dignidade e valor a quem merece. Cabem aqui todos os planos, os PAC’s, a coesão, enfim, os pilares constituintes da grande arquitectura europeia.
          É demasiado vasto e imperativo o apelo que nos suscita o Festival da Eurovisão em Portugal, Excede o âmbito deste comentário. Mas que fiquem, ao menos, o tom e o ritmo maiores deste acontecimento: ultrapassar os cenários feéricos, deslumbrantes, do Altice-Meo Arena e entrar na liça determinante dos nossos destinos futuros. Despertarmos para uma outra “EuroVisão”, a das coordenadas definidoras do continente que habitamos, ao lado dos mais de quinhentos milhões de europeus, companheiros de estrada e construtores do amanhã.

11.Mai.18
Martins Júnior
           
            

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