Meio
século rolou, interminável e avassalador, sobre a mensagem eterna do “Imagine” de John Lennon - desde 9 de
Setembro de 1971 até hoje e até sempre - um grito do outro mundo para este que é o
nosso!
Cinzas de John Lennon misturam-se hoje
às cinzas das vítimas do bárbaro atentado do 11 de Setembro. Um fim de semana
em que o espírito do Cantor da Liberdade e da Paz estará presente na
martirizada e nobre cidade.
Daqui
de longe, acompanho a multidão solidária presente em Nova York. E deixo o meu refrão
de amarga desolação transformado em tom maior de uma valsa submersa no rio que
nos transporta mais além.
Cinzas
encharcadas de lágrimas.
Cinzas
estalando de fogo e raiva
Cinzas
tintas de verde e esperança.
Cinzas
fatídicas da Inquisição.
Cinzas
sem corpo dos fornos de Auschwitz.
Cinzas
redentoras de Joana d’Arc renascida.
Cinzas de alma esvoaçante de
John Lennon
E
cinzas outras mortas de ontem
Sementeira
de um amanhã sem termo.
09.Set.21
Martins Júnior
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