quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

AS PORTAS QUE DEZEMBRO ABRIU…

                                                                      


Vê-se logo a paridade semântica entre Dezembro e “As Portas que Abril abriu”, do estimado e malogrado José Carlos Ary dos Santos. A comprová-lo, cito as palavras de Paulo aos Gálatas: “Chegada a plenitude Deus mandou seu Filho, nascido de mulher e sujeito à Lei Judaica para dela libertar o seu Povo”.

O tempo estava suficientemente maduro e a seara pronta para a ceifa. Foi quando Ele apareceu. E reformulou os alicerces da sociedade. E libertou.

Dois hortos de introspeção séria e conclusiva:  O “Menino” Só na aparência poderia ser Criança, porque no seu mundo interior  - “já que era Deus” – possuía  o conhecimentos de todos os desenvolvimentos futuros acerca da sua pessoa e do mundo.

O outro meio ecológico da introspeção tem a ver com a afirmação do mesmo Apóstolo dos Gentios: “Jesus – igual a nós em tudo, menos no pecado”. Há, porém, uma grande incógnita no mais dentro da reflexão e tomo a liberdade de expressá-la: Preferiria que, em vez de uma entidade estranha a fecundar Maria, Jesus se apresentasse como fruto saboroso, porque natural, do amor pleno, partilhado entre Maria José. E no mais íntimo da gestação, o Deus Supremo viria insuflar o seu Espírito no novo ser. Esse seria o grande, incomensurável  milagre-mistério.

Mas já que assim não é, continuamos a marcha até Belém na JANGADA DE BASALTO, para ganharmos os revérberos do Espírito Global que povoou a Criança  recém-nascida e pretende encher da sua plenitude todos os  nascituros do planeta.

Pertençamos ao núcleo dos “Homens e Mulheres de Boa Vontade”!

 

23.Dez.21

Martins Júnior

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