Era
por Ti que eu esperava…
Ainda
Vulcano escorria a lava
Donde
saí
E
assim fiquei aqui
Virgem
do desejo arfante
Na
ânsia de ser Mãe
Foi
quando Tu chegaste Povo atlante
Zargo-Tristão
Titã
Espuma
e seiva da manhã
Fendendo
as salsas fúrias de Neptuno
Abrindo
o seio azul da ilha por achar
Velas
prenhes de sal e mar
Quilhas
da “São Lourenço”
Entrai
Delas
farei lençóis da minha cama
E
alcovas esponsais, sonhos de cio e incenso
Entre
néctares de Baco e Vénus-auriflama
De
ti, Povo Luso
Germe
ardente e fecundo
Espero
semear as naus do futuro
E
dar novos mundos ao Mundo
É
por ti que aqui jazo
No
silêncio de milénios
Porque
não tem ocaso
Esta
ânsia de ser Mãe
Mária
e Mátria de Aquém e Além
Já
não serei ilha nem estância
Serei
porto da Distância
Onde
se abraçam hemisférios
E
mais que Verde Madeira dos Amores
A
minha pele terá todas as cores
E
será meu nome
Rainha
e Serva de todos os impérios
11.Jun.19
Martins Júnior
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