quinta-feira, 5 de setembro de 2019

REENTRAR EM FESTA


                                                            

           Quantas são as portas e portadas por onde se entra e reentra?
Setembro é o portão  senhorial – Arco do Triunfo – que milhares e milhões de viajantes demandam neste maduro estio do mês nono. Gostaria de abarcá-los a todos – todos os umbrais abertos para quem os procura.
Hoje, não há maneira de passar em claro a reentrada na Festa do Povo, batendo à porta da Senhora do Amparo, Ribeira Seca, em Machico.
É tradição antiga e incontornável: no 2º Domingo de Setembro, berço feito entre Ponta Delgada e Caniçal, a Festa é na Ribeira Seca. Não para romarias de pedincha aos extra-terrestres mas para trazer à nossa mesa comunitária aquela Mulher e Senhora, protótipo de todas as mulheres havidas e por haver. Para estarmos com ela e ela com a nossa gente em transparente júbilo.
Sábado e Domingo, a Madeira regurgita de loas, barracas e foguetes, num festival barroco sem igual.
No coração do vale de Machico, o Povo periférico que habita a ruralidade madeirense  sai à rua, de fato garrido e prazenteiro, rasgando os ares de leste com as suas canções originais em que serão cantados diversos concelhos da ilha, nestes seiscentos anos do seu Achamento.
“Nas festas que o Povo organiza
Há mais alegria e verdade
Por isso trazemos a estrela
A estrela da felicidade”

Estamos em festa e já estão abertos os portões para quem vier por bem.

05.Set.19
Martins Júnior

3 comentários:

  1. Saudade das romarias. Infelizmente, por razões profissionais, não posso paryicipaer nessa imensa alegria. Abraço, padre Martins.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Não há duvidas que a festa que o povo organiza tem mais brio e verdade. Porque é um abraço do campo, do povo trabalhador a todos aqueles que aqui veem, em romagem à Senhora do Amparo, a mãe sempre presente em todos os momentos destes últimos 42 anos. Por isso, dedicamos a ELA todo o brio da nossa festa.

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