Anacrónico
e deslocado o dia de amanhã. No meio da euforia de festas e festivais, onde abunda e
superabunda o elogio do dolce farniente,
surge o nocturno fantasma oferecendo a garra adunca a tantas vidas em flor.
São 800.000 suicídios anualmente registados e entre estes a grande percentagem
pertence aos jovens. Trágico!
Para
eles e para os responsáveis, apenas um toque de alarme, breve mas de longo
alcance:
Querem
um jovem suicida? Eis a receita letal: tirem-lhe tudo ou dêem-lhe tudo, se
possível em excesso. O suicídio jovem baliza-se entre dois extremos – carência absoluta
ou enfarte absoluto. Por enfarte entenda-se o extremo facilitismo, a opulência
gratuita. Retomando o velho adágio - “derrotado é aquele que desiste da luta” –
também é verdade que se morre quando se desiste de lutar. E desiste-se quando se não tem arma ou
ferramenta adequada ou, pelo contrário, quando se as tem por excesso.
Queremos
jovens brilhantes e fãs da vida? Entreguemos-lhes – e só! - as armas da cultura, do trabalho, objectivos e
motivações claras. E eles levarão a bom termo a magna empresa de uma vida. De
todas as vidas!
09.Ser.19
Martins Júnior
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