Para o Ano XXX
O quanto andei
Para aqui chegar
O tanto foi que me curvei
Para contar
As pedras do caminho que fizeste
Uma a uma ajuntei-as poli-as
E vi que eram de prata banhada de azul
safira
Saída dos teus olhos
Guardei-as onde mais ninguém as vira
E agora trago-as
As pedras que são cânticos e mágoas
Sonhos rasantes e voos expectantes
Por sobre o chão de prata já lavrado
Toma-os nas mãos aperta ao peito
Os
godos roliços do passado
E da prata faz ouro fino
Porque já é tua a rua a rota o rio
Que hoje navegas
Rumo à baía de ouro que te espera
Finda a primeira estação no ano trinta
Deu-me Mestre Tempo a cor e a tinta
Para compor a tríade unitária
Do futuro
Prata ouro e diamante
Assim será o tríptico da verdade
Com mestria dividido em simétrica
igualdade
Na
tua mão
Tens a paleta e o condão
De fazer larga e bela
Aquela tela
Da hora que é presente e dos tempos que
virão
07.Nov.19
Martins Júnior
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