Não
há que fugir à onda. Quando se fizer a história do Natal/2020, mais do que do
Menino há-de falar-se de um outro e
estranho ‘infante’ chamado Covid. E ao falar do Convid, lá estrarão ‘ontologicamente’-
traduzam como condenadas à nascença – as suas dilectas associadas, as máscaras,
as distâncias, os confinamentos e todos os seus derivados.
Já
aqui o disse e reconfirmo, que a palavra de ordem (convite ou estouro) que me põe em sentido
neste Natal/2020 tem uma única direcção: “Preparar o Natal de 2021! E se queres
ganhar o Natal/2021 trata bem o Natal/2020. De contrário, perderás os dois”!
Por
isso, vou agarrar-me à trave-mestra do ano –CONFINAR – abraçá-la a ela e aos
seus ‘filhotes’ e, em redondel, cantar as Missas do Parto. Numa ‘investigação’
rápida, encontrei seis deles. Ei-los:
Finar
Afinar
Desafinar
Confinar
Refinar
Desconfinar
Serão estes os
companheiros de viagem que levar-me-ão, como o cometa que guiou os Magos do
Oriente, até à casa do Menino, em Nazaré da Galileia. Se alguém quiser trazer a
lanterna do velho e sábio Diógenes, seremos mais um nesta jornada, sempre
antiga e sempre nova. Amanhã, será mais uma madrugada de expectativa, em que o “Finar”
estará connosco, como a vela acesa da saudade implantada em cada coração, na Missa do Parto desta
comunidade.
18.Dez.20
Martins Júnior
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