sábado, 19 de dezembro de 2020

NATAL EM CONFINAMENTO É NATAL EM CONSTRUÇÃO


        A falar é que a gente se entende . diz a sabedoria milenar do povo, mesmo que analfabeto, mas no fundo filósofo e pedagogo. Ousaria eu aproveitar o mote e glosá-lo nestes termos: A falar é que a gente se aprende.

         É precisamente esse o “GPS” do nosso Natal/2020. A partir do radical – o vocábulo “finar” -  temos encontrado outros meandros do mesma família, os quais ficaram subalternizados perante o grande rio que desagua em Belém.

         Mas eles existem. No último bloh, referi-me à palavra-mãe – “Finar” – para  trazer à nossa mesa o Natal da Saudade. Hoje, está em causa o vocábulo “afinar”, para sentirmos o prazer de sintonizar-nos (corpo, alma e coração) com a partitura da felicidade, consignada na “Caneão da Alegria”, felizmente adoptada para Hino das Europ”a.

Afinar” exige, antes de tudo, texto musical e maestro.  Encontramo-los, não apenas no Livro, mas também nas pisadas de outros tantos mestres, a família, a escola e o ambiente.

“Afinar”  é a chave de outro  de quem ousa sonhar e contar.

Amanhã, sem fazer esforço algum, fisicamente, visitaremos o seu antónimo – “Desafinar” - e aí ganharemos mais luz para os nossos passos.

Em todos os derivados ou associados morfo-sintaticos, será o mesmo, o nosso lema: “O Natal do Nosso Confinamento”.  

Porque, nesta comunidade e na elaboração do chamado presépio, o “Natal em Confinamento” é sempre O “Natal em Construção”

 

19.Dez.20

Martins Júnior


 

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