Machico,
terra bizarra, marcada pela garra das suas gentes e pela força das suas terras!
Não obstante a agonia do planeta que se contorce por entre as chamas da Amazónia,
trago hoje, na negra quietude da noite, dois “incêndios” maiorais datados em cada ano e que fazem do
vale e da baía de Tristão Vaz uma apoteose de fogo em festa.
O primeiro,
o mar de lume em Agosto. Ei-lo no seu esplendor, ainda que parcial.
O
segundo chega invariavelmente em Outubro, como que em miríades de lenços brancos
despedindo-se do Verão. Espraiemos o olhar por sobre esse imenso estendal caído em terra seca,
Debruçados
“ a arder”, furtemos uma fagulha de luz e iluminemos o nosso cérebro para que
ele possa responder ajustadamente a esta pergunta;
Dos
dois “incêndios”, qual deles o mais nobre, o mais puro, o mais iluminante?
27.Ago. 19
Martins Júnior
Caro amigo Padre. Os dois "incêndios" parecem-me irmanados da mesma torrente de um só rio, que a montante jorra a luz das escolhas dos nossos caminhos, enquanto peregrinos atentos pela estrada da vida. Por outro lado, dois "incêndios" que se cruzam com a história singular das gentes de Machico e que expressam, sobretudo, a força do sagrado nos contornes da partilha da sua protecção.
ResponderEliminarMesmo acenando com toda a intensidade, os lenços brancos não apagam o fogo anterior, mas completam-no porque ambos brotam da chama que jamais se apagará de um uns corações que continuam a arder como que a recordar sempre a verdadeira fonte desse fogo: O amor, a fraternidade,a cumplicidade e a garra no querer.
ResponderEliminarRetirar aquele "um" que está a mais.
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