Antes que abrissem os cravos de Abril
Nasceu em ti o Dia Novo, primeiro,
À luz terna do
Luar de Janeiro
Promessas mil o berço te embalara
Alados sonhos teceu teu enxoval
Um a um em tua pele de seda rara
Largaram asas em voo matinal
Ao ritmo cantante da agulha e do dedal
Foi um poema inteiro esse bordado
Rimas de Aquém e Além-mar encheram teu regaço
Entre Álvares Pequeno e Luís Vaz Sublimado
Inês de Castro, Vieira, Pessoa, o Presente e o
Passado,
Todos uniste no mesmo canto e no mesmo abraço
Assim também cumpriste e cumpres Portugal
Sobre este solo, Machico, da Epopeia Inicial
Feliz de
quem das tuas mãos
Recolhe estrelas de saber, oásis de conforto
Ao teu peito achando manso porto
No equatorial mar vasto que ora atravessas
No equatorial mar vasto que ora atravessas
Coração-baía azul é o que tu és
Onda de luz dada ao mundo em Janeiro dia dez
Gostoso o terro que te produziu
Onde corre o sumo que os deuses seduziu
Inebriante como o ”50” não há nenhum
Saboroso e quente, porém, só o “51”!
11.Jan.20
Martins Júnior
Com esta ODE à minha vida, acabei de rejuvenescer. Agradeço "ab imo corde". Não mereço tão grande distinção. Guarda-la-ei comigo o resto dos meus dias! OBRIGADA!
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