É
Dezembro o mês da ‘Festa’, Fevereiro o Carnaval,
Junho o de São João e Julho o da Autonomia. É por isso que lhe tenho dedicado algumas destas linhas, sem a
pretensão (que deveria ser um dever) de identificar e dissecar a génese dessa
Autonomia que enche a boca, os pulmões e os bolsos dos seus ‘caixeiros-viajantes’.
Referi-me já ao terrorismo bombista que deflagrou sobre a Madeira e Porto Santo
entre 1975 e1978, altura esta em que cessaram os explosivos sobre pessoas e
bens, uma conjuntura coincidente com a entrada em cena de uma nova versão governamental na Região.
Congratulo-me com as observações, mesmo
discordantes, apostas aos meus textos anteriores, nomeadamente àquelas
‘divinas, caridosas mãos’ que, segundo os mesmos observadores, desactivaram uma
caixa, marca BRIMA (Brigadas Revolucionárias da Ilha da Madeira) com 12 Kg de
trotil, na ponte do Seixo, Água de Pena. Só que, segundo os mesmos
observadores, as mãos que desactivaram (mentira, não foram elas, foi sim uma
criança que casualmente ali passava)) foram as mesmas mãos que montaram os
explosivos que dariam para estourar com todo aquele morro sobranceiro à
ponte!!! … Contas a averbar um dia…
Hoje, ficar-me-ei apenas por dois ‘dogmas’
definidores desta autonomia:
1º - Quando Machico ganhou autonomamente
a sua Junta de Freguesia, o plenipotenciário da Ilha estrebuchou, alto e
péssimo som, urbi et orbi,: PARA
MACHICO, NEM UM TOSTÃO !!!. Sem bem o disse, melhor o fez!
´Autonomia
exclusivista, açambarcadora, totalitária, tribal! – é onde estamos ainda.
2º - O despudor dos corifeus desta autonomia e
a subserviência da Igreja -‘casta
meretrix’, casta prostituta, já o dizia Santo Agostinho de Hipona, desde o
século V – atingiram o climax (ridicule,
mais charmant!) quando, à beira das eleições, o governante candidato
mandava rezar e o bispo de então mandava
votar (sic!). Tudo isto aconteceu:
tem nomes, números e datas! Aqui nesta ilha!
Tal
qual o amianto dolosamente escondido nas terras nortenhas e agora descoberto,
para vergonha nossa, também um dia ficará a nu esta autonomia e o
contra-testemunho que ela vomita sobre Machico e sobre a Madeira.
Só
com o Povo e as suas organizações, a Autonomia Vencerá !!!
É
este o meu possível contributo para a verdadeira Autonomia da Madeira, dos Madeirenses,
a Nossa Autonomia! Informar, esclarecer!
21.Jul,21
Martins Júnior
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