É um
corpo válico rolando incandescente
Por sobre
os mares todos do universo
No dorso
de fráguas abertas de basalto
Mãos de
óleo tribal encharcadas do rio do asfalto
Tatuaram
místicas miragens
Veleiros
de outros rumos de impossíveis viagens
Corações
de fogo que o fogo não devora
Rudes cruzeiros
onde a tortura mora
Lágrimas
de lume que mais lume acendeu
São as
mãos agrilhoadas de Prometeu
Roubando
aos deuses o fogo que era só seu
Para cortar
o negrume
Dos novos
corsários que entenebrecem as ilhas
Oh poderosas
mancheias de lume
Que queimam
as quilhas
Da armada
cega que semeia a cegueira
Fica
sempre connosco chama da pederneira
Do tempo
que era sem tempo
E
enquanto houver uma mão jovem
do
homem primevo
Erguendo
a vara da tocha altaneira
Haverá
sempre o Facho Machico
Alumiando
toda a Madeira
27.Ago.21
Martins Júnior
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