No dia mundial da
erradicação da pobreza
Punho
cerrado enorme indiferente
Em cada
dedo sufoca mudo um continente
Punho
e polvo em toda a latitude
Que
se alimenta do que tem dentro:
Mãos
vazias esguias enguias em talude
Aos
milhões
Com
o sangue que lhes falece
Engordam
e seguram o globo de ouro cerrado
Enorme
indiferente ao grito e à prece
De
quem pena e apodrece
Quando
virá a manhã
Em que as mãos esquálidas fechar-se-ão
E serão o murro e o vulcão
A abrir o mundo novo como o sabor e a cor de uma
romã?!
17.Out.19
Martins Júnior
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