Agora que os silêncios são a cinza
De um chão que nunca foi
Agora que a saudade já não dói
E o nada
Nada mais é que a campa rasa a nossos pés
É aí que nascem as palavras infinitas
Soltas aladas e nunca ditas
Mas prenhes de loucura desmedida
Daquela que não cansa nem acaba
Porque nunca foi ao cais da Despedida
Agora as palavras são janelas
Por onde entra e sai o mar
Por onde as manhãs casam com o luar
E o sol estende toda a noite as cortinas
do desejo
Agora as janelas reabertas
São nómadas ubíquas sem paredes certas
E todo o mundo é o seu lugar
…………..
Janelas de par em par
Nunca mais hão-de fechar !
21.Out.19
Martins Júnior
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