Fascina-me todos os dias o derrube
daquele Muro da Vergonha que Novembro trouxe à Europa e ao Mundo, em 1989. Mãos de gente o levantaram e mãos de gente o abateram.
Muros e Pontes. Sem muros não há
pontes.
Fico pensando, então, que será
essa, talvez, a nossa sina: metade do que somos constrói muros e a outra metade
une os dois extremos e nascem as pontes.
Neste inelutável refluxo
construtivo, todos os dias formulo este voto escrito na face de todas as
manhãs:
Que cada muro que levanto seja o
princípio e o apoio de um novo arco no grande rio da história que passa na
minha aldeia!
Se tenho de ser o Muro, serei
também a Ponte!
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Escrito no dia comemorativo da
morte do genial construtor das grandes pontes sobre os oceanos, o “Infante de
Sagres”, em 1460.
13.Nov.19
Martins Júnior
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