terça-feira, 5 de novembro de 2019

EM HONRA OU DESONRA DO CARDEAL BURRUMEU OU BORROMEU E DOS SEUS PARES!


                                                       

Borromeu – nobre família romana. Ele era Carlos, nome real. Seu tio, subiu ao “trono de Pedro”, sob o título de Papa Pio IV  O rapaz não era padre, mas o tio conferiu-lhe o barrete cardinalício e fê-lo cardeal da Santa Sé,  Secretário de Estado do Vaticano, Conselheiro e Eleitor de Sumo Pontífice. Tinha então 22 anos de idade. Corria o ano de 1560. Depois de canonizado, tornou-se o Patrono da Banca e da Bolsa.
Eis os ingredientes que me fizeram delirar primeiro e, logo a seguir, pasmar, desde a puberdade dos meus 14/15 anos de idade. E todos anos, em 4 de Novembro, as borlas purpurinas do cardeal Borromeu barravam o meu caminho. Não me deixavam passar sem decifrar o enigma. Hoje, já octogenário, na oitava do “São Carlos Borromeu”, o enigma persiste:
Cardeal – nada tem a ver com o sacerdócio. Nem é preciso ser padre para lá chegar. Nem curso especial, nem tirocínio de espécie alguma.
Sobrinho de Papa – excelente passaporte para alcançar anel e barrete. Os historiadores chamam a isto nepotismo, previsto e punido pelo Código de Direito Canónico e pela ética mais elementar da relações humanas. Até nos governos laicos.
Canonizado – está na directa linha promocional do  Cardinalato/Papado. Tio e sobrinho.
Patrono da Banca e da Bolsa – é a inevitável “cereja em cima do bolo” da aristocracia capitalista.
E aqui temos a escultura perfeita de um Cardeal-Príncipe da Igreja de Cristo… Oh Bom Jesus, vem cá abaixo e vê se consegues lobrigar a tua face na marmórea pele do cardeal ou  um só dos teus ossos na púrpura das suas túnicas ou um espinho sequer da tia coroa no barrete cardinalício…
E… “Viva, Viva” em cada 4 de Novembro, o Cardeal Borromeu (foneticamente Burro Meu)  “Banqueiro-Mór” e Secretário de Estado do Vaticano! E Padroeiro dos banqueiros, cambistas e agiotas! Viva!

05.Nov.19
Martins Júnior

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