Aconteceu em Lisboa, no Centro Cultural de Belém, na emblemática e inspiradora Sala Sophia de Melo Breyner.
Parcelas da Ilha desceram à Capital Lusíada. Cenas inéditas da narrativa insular perpassaram no prestigiado anfiteatro lisboeta – o CCB – perante um vasto auditório que seguiu entusiasticamente a partilha de ideias, emoções e perspectivas sobre Igreja e Revolução de Abril, o papel do Povo nas lutas pela extinção do “leonino contrato da colonia” - uma variante da antiga enfiteuse que reduzia os colonos camponeses à condição de servos da gleba e que vigorou na Madeira desde o início do século XVI até Abril de 1974. Questões bíblicas, entre as quais o posicionamento de subalternidade da Mulher nos textos, ditos sagrados, os mitos inconscientemente aceites pelos crentes como preceitos divinos e, ainda, a participação da Igreja, via capelães militares, na ignominiosa guerra colonial. Lugar relevante ocupou o esforço do Papa Francisco na libertação holística da Igreja Vaticana, sendo desejável, (embora não passe de uma utopia!), que o Chefe da Igreja Católica renunciasse oficialmente ao estatuto de Chefe de Estado, expurgando-a assim da incestuosa promiscuidade em que actualmente se retorce.
Mais que a praxe costumeira, cumpre-me o dever e o prazer de congratular-me e agradecer à Prof. Doutora Raquel Varela, autora das “Conversas com história, quinzenalmente aos sábados no CCB” e moderadora do encontro, à Administração do mesmo CCB e a todos quantos partilharam comigo a serenidade dinâmica de uma tarde do 29 de Fevereiro em terro continental, expressão de contributo mútuo, não só no âmbito da portugalidade, mas sobretudo no horizonte e na vivência da mais pura Humanidade.
29.Fev./01.Mar.20
Martins Júnior
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