Na
capicua perfeita do dia 11, leio o princípio e o fim, o verso e o reverso, o
nascente e o poente consubstanciados no mesmo abraço indistinto da condição
humana.
Percorri
o universo das dores, subi e desci escadas marmóreas de hospitais, bati às
portas dos tugúrios carcomidos pelo abandono, deitei-me nas enxergas onde
brilham todas as noites dois olhos encovados despedindo-se da vida.
Juntei-os
todos - gemidos, monossílabos inaudíveis, adeuses terminais – e sobretudo os
silêncios expectantes. Com eles estendi a pauta e dentro dela, mais que os
acordes de Marcha Fúnebre, escutei a “Ode Triunfal” do tributo à Vida.
Ali
estavam também os compassos, em branco, do meu lugar!... Do teu!... Do nosso!...
Para
todos os que sofrem e para todos os que hão-de sofrer – hoje, que é o seu, o
nosso dia – ergo, optimista, o lenço verde da Esperança e/ou a bandeira rubra da
Missão Cumprida!
11.Fev.20
Martins Júnior
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