terça-feira, 5 de janeiro de 2021

TRÊS REIS DO OCIDENTE

                                                                     


Embora clandestinos – aos reis também chega a sua hora, por cima deles está o ‘Imperador Covid’  – andam eles, os reis, de porta em porta, reconstituindo a saga dos “Três do Oriente”. São os protagonistas desta noite madeirense.  Porque “Se vós não sabíeis, agora sabeis, Que é do dia cinco paras o dia seis, Que se canta os Reis”.

         Reis há muitos. Como os chapéus. Como os deuses, conforme expus ao vento no último ‘blog’. De tantos - os que foram e os que não foram “à casa de Nazaré” -  encontrei outros aqui tão perto, uns acabados de nascer, outros acabados de morrer, mas todos dignos de franquearem o portal onde mora o Menino e de aí permanecerem como ícones de transcendente beleza e eterna presença. Porque não é de ouro nem de incenso o título que trazem no diadema real. São de outra pederneira e de outro quilate as credenciais que transportam nas mãos. Por isso, não é rei quem quer, mas quem pode e sabe.

         Pois bem, é de “Reis do Ocidente” que hoje vos quero dar notícia. Pertencem ao nosso mundo, ao nosso continente, à Europa, a Portugal, às ilhas – aquelas ilhas longínquas (e tão nossas!) vaticinadas por Isaías Profeta.        Na tríade real que selecionei, estão incarnados todos aqueles que este planeta produziu e há-de produzir até ao fim dos tempos. Desvendá-los-ei após o percurso nocturno desta noite, do dia cinco para o dia seis”. E porque eles representam o melhor que o mundo tem, deixo aqui algumas pegadas para ajudar-vos a descobrir os “Três Reis do Ocidente”,  dignos do Presépio Inacabado (será sempre Inacabado)  de Belém:

         O primeiro saiu da velha Britânia, perscrutador das estrelas, poeta das cores e dos números. Nasceu ontem, 4 de Janeiro.

         O segundo “vive” eternamente na Ilha, abraçada pelo oceano.

         O terceiro, poeta dos sons, fez de uma canoa o berço de uma Cidade e de um Povo – o Povo de que somos feitos.

         Identificai, pois,  os “Três Reis do Ocidente”!

 

           05.Jan.21

         Martins Júnior   

        

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