Embora
clandestinos – aos reis também chega a sua hora, por cima deles está o
‘Imperador Covid’ – andam eles, os reis,
de porta em porta, reconstituindo a saga dos “Três do Oriente”. São os protagonistas
desta noite madeirense. Porque “Se vós não sabíeis, agora sabeis, Que é do dia cinco paras o dia
seis, Que se canta os Reis”.
Reis há muitos. Como os chapéus. Como
os deuses, conforme expus ao vento no último ‘blog’. De tantos - os que foram e
os que não foram “à casa de Nazaré” - encontrei
outros aqui tão perto, uns acabados de nascer, outros acabados de morrer, mas
todos dignos de franquearem o portal onde mora o Menino e de aí permanecerem
como ícones de transcendente beleza e eterna presença. Porque não é de ouro nem
de incenso o título que trazem no diadema real. São de outra pederneira e de
outro quilate as credenciais que transportam nas mãos. Por isso, não é rei quem
quer, mas quem pode e sabe.
Pois bem, é de “Reis do Ocidente” que
hoje vos quero dar notícia. Pertencem ao nosso mundo, ao nosso continente, à
Europa, a Portugal, às ilhas – aquelas ilhas longínquas (e tão nossas!) vaticinadas
por Isaías Profeta. Na
tríade real que selecionei, estão incarnados todos aqueles que este planeta
produziu e há-de produzir até ao fim dos tempos. Desvendá-los-ei após o
percurso nocturno desta noite, do dia
cinco para o dia seis”. E porque eles representam o melhor que o mundo tem,
deixo aqui algumas pegadas para ajudar-vos a descobrir os “Três Reis do
Ocidente”, dignos do Presépio Inacabado
(será sempre Inacabado) de Belém:
O primeiro saiu da velha Britânia,
perscrutador das estrelas, poeta das cores e dos números. Nasceu ontem, 4 de
Janeiro.
O segundo “vive” eternamente na Ilha,
abraçada pelo oceano.
O terceiro, poeta dos sons, fez de uma canoa
o berço de uma Cidade e de um Povo – o Povo de que somos feitos.
Identificai, pois, os “Três Reis do Ocidente”!
05.Jan.21
Martins
Júnior
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