terça-feira, 17 de março de 2020

SEMPRE VIVO NA PEDRA DE MACHICO – PEDRO BARROSO!


                                     

Estamos juntos!
Se ele morreu, também com ele morreu algo de mim. Mas se estou vivo, comigo está o seu braço erguido, está a sua voz sem termo, está a sua alma inteira abraçando o mundo.
Foi assim na Ribeira Seca em 2012, quando quis associar-se ao 50º aniversário da minha missão pastoral. E assim ficou connosco, espalhando ao vento norte e ao  mar do sul as notas sonoras, coloridas da sua mensagem perene: Verdade, Amor e Perdão, Saúde, Liberdade, Justiça, Fraternidade – testamento de ouro escrito nos muros do nosso palco e nos corações da nossa gente. Foi a sua última passagem por terras de Tristão Vaz.
Teçam outros o estendal de linho puro das suas canções, os 20 álbuns que perpetuarão o rasto luminoso que nos deixou. Descrevam outros, se a tanto lhes chegar o engenho e não lhes faltar a arte, descrevam a versatilidade poliédrica das suas cordas vocais. Exaltem o seu talento tão alto quanto a sua humildade de “irmão de todos os nus”. Que eu canto e guardo, até que surja a minha vez, as “Lutas Velhas-Canto Novo”…”Que a resistência de um Povo também se cria a cantar”.
                                           

Nos alvores de Abril, o vale de Machico encheu-se desse pregão gigante que se repercutiu e se fez eco, da baía até à montanha, porque das velhas lutas de outrora em “tempos de servidão”, o Povo soltou o Canto Novo da Liberdade e da Vida.
 Pedro Barroso identificou, nesse seu canto, o historial patriótico dos seis séculos que o Povo de Machico viveu no seu amor à terra e na resiliência do seu futuro em construção.
A nossa maior gratidão.
Estamos Juntos!

17.Mar.20
Martins Júnior   




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