quarta-feira, 2 de setembro de 2020

DOIS FARÓIS SERENOS PARA A CONFUSÃO PANDÉMICA DE UM MAR REVOLTO

                                                                       


    Tal como em épocas cíclicas de frenesim global em que profetas da desgraça vaticinam o fim-do-mundo que nunca chega, também neste confuso marulhar pandémico surgem à tona de água uns aparatosos crânios que há muito andavam fugitivos por outros ‘mares nunca dantes navegados’.

Refiro-me a um rescrito, um abaixo-assinado ofegante, contra a disciplina eminentemente cívica, proposta para o novo ano escolar. Seu nome, CIDADANIA, enuncia a visão holística da cultura orientada para a vida dos jovens e a sua integração plena em sociedade.

Sem comentários de fundo (que ficarão para ulteriores circunstâncias) e porque da aragem e do teor dos 100 iluminati signatários sobejam resquícios de velhos tabus, talvez mal resolvidos desde a infância, como são as questões de género e sexualidade, ouso trazer alguma luz oriunda da filosofia que vem de longe, aquela sabedoria dos Mestres que nunca morrem.

Ei-las:

De São Clemente de Alexandria, século II:

 “Porque é que havemos de ter vergonha de falar naquilo que Deus não teve vergonha de criar?”

         De Blaise Pascal, Les Pensées, século XXVII

“Qui veut faire l’ange fait la bête”

“Quem (de um homem) quer fazer um anjo, sai-lhe uma besta”.

À consideração superior da consciência cívica!

 

03.Set.20

Martins Júnior

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