Dizem que há por aí maremotos,
dormentes de cinco décadas, agitando aquilo que, segundo alguns, nunca passou
de mais uma “Baía dos Porcos”. Contam coisas das arábias, de um Mega contentor,
marca Al-Bu Kék, atrelado a um submarino de invisível mas poderoso calado,
ambos carregados de farinha branca com destino à Rua Gomes Freire sob custódia ‘cubana’.
Devo dizer que nada disso
me diverte, nem move nem comove, não me aquenta nem arrefenta. Estou farto
disso até à náusea, raça de corsários novos (travestidos de oportunistas
cristãos não menos novos) que passaram
quase cinquenta anos a perseguir, vilipendiar e esmagar quem na hora certa denunciou
que ‘o rei vai nu’ por fora, mas couraçado de ouro por dentro. Mantenho que era
aí, há trinta e quarenta anos que deveria haver justiça - tão musculada quanto a
‘Super musculada Madeira Nova’ – para desnudar e punir os andrajosos de alma
feitos milionários de corpo. Foi esse o ventre ‘imaculado’, a escola matriz,
que ‘pariu’ os monstrinhos deprimentes, dispersos como filhos de pai incógnito por
essas furnas adentro!...
Hoje, o que me conforta é
o milagre da pequenez, desde o das fábulas de Esopo e La Fontaine, em que uma
rã engoliu um boi, até à heroica gesta bíblica em que o pastorinho David fulminou
o gigante Golias. E se Ernst Friedrich Shumacher viesse a conhecer o milagroso ‘caso Madeira’,
após ter escrito Small is Beautiful (‘A beleza de ser Pequeno’ ou ‘O que é Pequeno é Belo’) daria ao mundo a
espantosa novela Small is Powerful (‘O Poder de Quem é Pequeno’ ou ‘O
que é Pequeno é muito Poderoso’). E certamente escolheria para introdução-chave
a profecia de Isaías: “Tu, Belém, não te
julgues a mais pequena das principais cidades de Judá, porque de ti sairá o
Chefe, Pastor e Líder do Meu Povo”.
E não seria desmentido.
Bem, pelo contrário.
Vislumbro até que os “Quatro
e Meia”, num lampejo de prognose
divinatória, inspiraram-se nela para
compor aquela inimitável canção:
Se algo existe nesta vida
Que algum saber requer
É a ciência
de saber
Como pensa
uma mulher
Seja como for, o que está
feito – já está feito. Sem remédio. “Em que é o que me meti… e com quem me
meti?!”. Estará a mascar agora o rei posto. “Onde é que eu tinha a cabeça
quando fiz orelhas de mercador a quem me segredou a sábia prosa dos meus bisavós: “Quem dorme
com crianças amanhece………”!
Verdade da história:
Agora, ela tem tudo na mão: é rei quem ela quiser. Para a vida ou para a morte deste
ou de outro governo da Região Autónoma, ela é que é, neste momento, o Presidente da República, a Procuradora Geral
da República, o Presidente da Comissão
Nacional-Regional das Eleições, a Representante da República, a Presidente da
Assembleia Legislativa, enfim, a Presidente do Tribunal Constitucional. Quem
aguenta tamanha carga em cima dos ombros? Como vencer o pesadelo das e as
noites de insónia?... E, mais do que isso, enfrentar a legião dos 254 milhares
de eleitores da Madeira e Porto Santo!
Mas fez o tremendo
assalto, portento jamais visto ou escrito em 50 anos de vida ilhoa: com escassos 3.046 sufrágios abateu a cordilheira
laranja de 58.399 Votos Grandes! Digam lá sábios da Escritura/ Que segredos
são estes da Natura – bem poderia comentar e apostrofar o nosso Épico: 43.13%
do gigante adamastor caem nas mãos e vão ao fundo dos magros 2,25% da mareante anã que talvez nem saiba nadar !!!
Moral da história: Primeiro
- Nunca sabe a força que tem quem vota num partido pequeno! Segundo – a beleza
e o perigo do Abraço do Urso Maior quando se encontra com o Beijo da Ursa Menor, direi mesmo, da Ursa
Mínima!
Desculpem: ‘Qualquer
semelhança (não) é pura coincidência’. Originalidades da moderna ‘madeirensidade’
e, por estas e por outras, nasceu o castiço aforismo regional: “Já chegámos à
Madeira?!”. Boas sortes!
ÚLTIMA HORA: Se ainda não exerceu o seu poder coercivo
cá na ilha, já causou uma escandalosa ‘baixa’ em Lisboa, dentro da própria
casa-mãe, leia-se, dentro do próprio partido. É obra!
03-05.Fev.2024
Martins Júnior
O Martins, na época em que era deputado, colocou um candidato analfabeto na Calheta.... Perguntei-lhe se estava a gozar dos Calhetenses... Acho que pensava que eram pacóvios..... (Fraco!)
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