segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

“SMALL IS POWERFUL”… O ABRAÇO DO URSÃO E O BEIJO DA URSINHA… JÁ CHEGÁMOS À MADEIRA’?!

                                                                            


Dizem que há por aí maremotos, dormentes de cinco décadas, agitando aquilo que, segundo alguns, nunca passou de mais uma “Baía dos Porcos”. Contam coisas das arábias, de um Mega contentor, marca Al-Bu Kék, atrelado a um submarino de invisível mas poderoso calado, ambos carregados de farinha branca com destino à Rua Gomes Freire sob custódia ‘cubana’.

Devo dizer que nada disso me diverte, nem move nem comove, não me aquenta nem arrefenta. Estou farto disso até à náusea, raça de corsários novos (travestidos de oportunistas cristãos não menos novos)  que passaram quase cinquenta anos a perseguir, vilipendiar e esmagar quem na hora certa denunciou que ‘o rei vai nu’ por fora, mas couraçado de ouro por dentro. Mantenho que era aí, há trinta e  quarenta anos que  deveria haver justiça - tão musculada quanto a ‘Super musculada Madeira Nova’ – para desnudar e punir os andrajosos de alma feitos milionários de corpo. Foi esse o ventre ‘imaculado’, a escola matriz, que ‘pariu’ os monstrinhos deprimentes, dispersos como filhos de pai incógnito por essas furnas adentro!...

Hoje, o que me conforta é o milagre da pequenez, desde o das fábulas de Esopo e La Fontaine, em que uma rã engoliu um boi, até à heroica gesta bíblica em que o pastorinho David fulminou o gigante Golias. E se Ernst Friedrich Shumacher  viesse a conhecer o milagroso ‘caso Madeira’, após ter escrito Small is Beautiful (‘A beleza de ser Pequeno’ ou  ‘O que é Pequeno é Belo’) daria ao mundo a espantosa novela Small is Powerful (‘O Poder de Quem é Pequeno’ ou ‘O que é Pequeno é muito Poderoso’). E certamente escolheria  para  introdução-chave  a profecia de Isaías: “Tu, Belém, não te julgues a mais pequena das principais cidades de Judá, porque de ti sairá o Chefe, Pastor e Líder do Meu Povo”.

E não seria desmentido. Bem, pelo contrário.

Vislumbro até que os “Quatro e Meia”, num lampejo de prognose

divinatória, inspiraram-se nela para compor aquela inimitável canção:

                                   Se algo existe nesta vida

                                   Que algum  saber requer

                                   É a ciência de saber

                                   Como pensa uma mulher    

Seja como for, o que está feito – já está feito. Sem remédio. “Em que é o que me meti… e com quem me meti?!”. Estará a mascar agora o rei posto. “Onde é que eu tinha a cabeça quando fiz orelhas de mercador a quem me segredou  a sábia prosa dos meus bisavós: “Quem dorme com crianças amanhece………”!

Verdade da história: Agora, ela tem tudo na mão: é rei quem ela quiser. Para a vida ou para a morte deste ou de outro governo da Região Autónoma, ela é que é, neste momento,  o  Presidente da República, a Procuradora Geral da República,  o Presidente da Comissão Nacional-Regional das Eleições, a Representante da República, a Presidente da Assembleia Legislativa, enfim, a Presidente do Tribunal Constitucional. Quem aguenta tamanha carga em cima dos ombros? Como vencer o pesadelo das e as noites de insónia?... E, mais do que isso, enfrentar a legião dos 254 milhares de eleitores da Madeira e Porto Santo!

Mas fez o tremendo assalto, portento jamais visto ou escrito em 50 anos de vida ilhoa: com escassos 3.046 sufrágios  abateu a cordilheira laranja de 58.399 Votos Grandes! Digam lá sábios da Escritura/ Que segredos são estes da Natura – bem poderia comentar e apostrofar o nosso Épico: 43.13% do gigante adamastor caem nas mãos e vão ao fundo dos magros 2,25% da  mareante anã que talvez  nem saiba nadar !!!

Moral da história: Primeiro - Nunca sabe a força que tem quem vota num partido pequeno! Segundo – a beleza e o perigo do Abraço do Urso Maior quando se encontra com  o Beijo da Ursa Menor, direi mesmo, da Ursa Mínima!

Desculpem: ‘Qualquer semelhança (não) é pura coincidência’. Originalidades da moderna ‘madeirensidade’ e, por estas e por outras, nasceu o castiço aforismo regional: “Já chegámos à Madeira?!”. Boas sortes!

ÚLTIMA HORA: Se ainda não exerceu o seu poder coercivo cá na ilha, já causou uma escandalosa ‘baixa’ em Lisboa, dentro da própria casa-mãe, leia-se, dentro do próprio partido. É obra!

03-05.Fev.2024

Martins Júnior

1 comentário:

  1. O Martins, na época em que era deputado, colocou um candidato analfabeto na Calheta.... Perguntei-lhe se estava a gozar dos Calhetenses... Acho que pensava que eram pacóvios..... (Fraco!)

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