segunda-feira, 9 de setembro de 2019

SUICÍDIO JOVEM: ENTRE A CARÊNCIA E O ENFARTE


                                           

Anacrónico e deslocado o dia de amanhã. No meio da euforia de festas e festivais, onde abunda e superabunda o elogio do dolce farniente, surge o nocturno fantasma oferecendo a garra adunca a tantas vidas em flor. São 800.000 suicídios anualmente registados e entre estes a grande percentagem pertence aos jovens. Trágico!
Para eles e para os responsáveis, apenas um toque de alarme, breve mas de longo alcance:
Querem um jovem suicida? Eis a receita letal: tirem-lhe tudo ou dêem-lhe tudo, se possível em excesso. O suicídio jovem baliza-se entre dois extremos – carência absoluta ou enfarte absoluto. Por enfarte entenda-se o extremo facilitismo, a opulência gratuita. Retomando o velho adágio - “derrotado é aquele que desiste da luta” – também é verdade que se morre quando se desiste de  lutar. E desiste-se quando se não tem arma ou ferramenta adequada ou, pelo contrário, quando se as tem por excesso.
Queremos jovens brilhantes e fãs da vida? Entreguemos-lhes – e só! -  as armas da cultura, do trabalho, objectivos e motivações claras. E eles levarão a bom termo a magna empresa de uma vida. De todas as vidas!
09.Ser.19
Martins Júnior

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