domingo, 3 de janeiro de 2021

EM DIA DE RÉGULOS E REIS, O INTERMINÁVEL DESFILE MONÁRQUICO

                                                                   


Rei-Incenso À varanda do observatório dos gentios, vejo-a passar, a passo bravo e dobrado, a comitiva faraónica dos DDT – os donos disto tudo, plenipotenciários do Mundo:

Rei-Sol

Rei-Leão

Rei-Ouro

Rei-Mono

Rei-Mago

Rei-Mar

Rei-Esgoto

Rei-Nero

Rei-Verme

Rei-Covid

Rei-Carnaval

Rei-Furacão

Rei-Sábio

Rei-Santo

Rei-Marte

Rei-Baco

Rei-Amo

Rei-Amor

 

A cada bando, a cada enxame, a cada vara, a cada matilha, a cada buraco, a cada povo e a cada grei – seu Rei.  

Reis são como certos deuses: Tantos há quantos o húmus os queira produzir e erguer em trono.

De todos quantos vegetem ou cresçam, de todos os que conheças ou inventes - vencidos e vincendos – quais os que estiveram em Belém?

De Quantos e de Quais serás tu o seu vassalo?!

 

03.Jan.21

Martins Júnior

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