Quem
nos acode e para onde iremos?...
Voltámos aos violentos cataclismos dos
inícios do planeta, à ebulição transversal que percorreu a vastidão dos
elementos até à sua estabilização geográfica. A grande dúvida – para não dizer
inevitável depressão – é prognosticar se nos tempos actuais haverá luz ao fundo
deste túnel catastrófico que mina os
subterrâneos da humanidade. Pela amostra que de muito longe nos vem, somos
obrigados a contrariar a perspectiva de Rutcher Bregman que titulou o seu livro de forma
super-auspiciosa: A Humanidade – uma História de Esperança.
Reproduzir aqui os terrores do Hamas
e, mais terrífico, o genocídio de Israel contra palestinianos é abalar a saúde
mental do cidadão comum, que no recôndito do seu lar, vê destruído de recursos
o hospital Al-Shifa, a morte de mais de um milhar de crianças e os pés doridos
de tantas outras, forçadas a abandonar a pátria que lhes deu a vida. Além do
infanticídio cruel, que monstruoso retorno ao tempo das catacumbas romanas sob
o pesadelo do império, com os mais de 500 Kilómetros de túneis sob a histórica
cidade de Gaza?!
Noutras latitudes (aqui tão perto!) e
por motivos diversos, os embates sócio-
-políticos
agitam as estruturas do regime produzem a auto-destruição das melhores
expectativas de um povo que confiou aos seus eleitos a paz, a confiança o
sucesso do seu país. As frustrações de uns e as ambições leoninas de outros culminam
no suicídio da maioria, senão mesmo na periculosidade do regime.
A mesma onda de perturbações imprevisíveis,
talvez enigmáticas, atingiu as marés vocacionadas para a paz e concórdia locais
e universais. Trata-se de um reino onde actualmente não pretendo imiscuir-me,
mas que indicia que algo vai mal nesta ‘Jerusalém diocesana’ sediada na Madeira,
provocando pública acrimónia ao xadrez eclesiástico da Ilha, numa antecipação
(à falta de melhor definição) de um maldisfarçado
‘sacrocídio’ local.
É o contágio global em marcha.
Para obviar à sua indesejável
progressão, recorro ao LIVRO que preencheu todo este fim-de-semana, a começar pela
Sabedoria “que é luminosa e o seu brilho inalterável; deixa-se ver facilmente
àqueles que a amam e faz-se encontrar aos que a procuram”. ( Livro da
Sabedoria, 6, 12-16). “Àqueles” são os líderes, os governantes, os
pastores. E para esses, directamente, acrescenta-lhes o LIVRO a “Vigilância” serena, preventiva, dinâmica,
como na parábola de Mateus,25, 1-13.
Sabedoria e Vigilância – os
dois mais eficazes antídotos contra a pandemia contagiosa do poder totalitário
e da sinuosa corrupção que perfuram estados, regiões e religiões.
9-11.Nov.23
Martins Júnior
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