sábado, 25 de julho de 2020

OS AVÓS NA GALERIA DO REI SALOMÃO


                                                          

Iahveh interpelou o jovem rei:
“Pede-me  o que quiseres”.
Salomão respondeu:
“Senhor,
Vós fizestes reinar o vosso servo em lugar do meu pai David
e eu sou muito novo e não sei como proceder.
Este vosso servo está no meio do povo escolhido,
um povo imenso, inumerável,
que não se pode contar nem calcular.
Dai, portanto, ao vosso servo um coração inteligente,
para saber distinguir o bem do mal;
pois, quem poderia governar este vosso povo tão numeroso?”
Agradou ao Senhor esta súplica de Salomão e disse-lhe:
“Porque foi este o teu pedido,
e já que não pediste longa vida, nem riqueza,
nem a morte dos teus inimigos,
mas sabedoria para praticar a justiça,
vou satisfazer o teu desejo.
Dou-te um coração sábio e esclarecido,
como nunca houve antes de ti nem haverá depois de ti”.
                                                                             (I Reis, 3, 5-7-12)

Para o “Dia dos Avós”  estende-se a mesa do Conhecimento experimental e levanta-se-lhes o trono da Sabedoria.
Pediu-os o jovem monarca ao Senhor Deus Iahveh. Porque maior que o poder é o Conhecimento e mais poderoso que  todo o capital  é a Sabedoria. A Sabedoria é o verdadeiro capital e no Conhecimento está a força do poder.
         Pediu-os Salomão ao Senhor Deus Iahveh. Mas bem poderia procurá-los e encontrá-los-ia junto dos mais velhos do reino de Judá. Porque neles, no solo e subsolo das suas vidas, escondiam-se tesouros inauditos de ‘um saber de experiência feito’,  rios subterrâneos de seiva e lava correndo ansiosos para a foz do Futuro.
         Louvor aos Avós – e mais que louvor – petição e desejo de recolher os sábios grãos de ouro acumulados nos seus celeiros de décadas quase centenárias.
         Cuidar de uma Criança é um investimento. Cuidar e estimar um velho Avô, uma veterana e veneranda Avó  é um lucro. Porque na Criança investe-se num futuro nascente.  Num idoso é-nos oferecida a dádiva de um passado vivido e, quantas vezes, o sustentáculo para o tempo presente!
         Abramos os olhos do corpo e do espírito, enquanto não fecha a biblioteca. Porque nunca é demais repeti-lo: “Quando morre um Avô ou uma Avó fecha-se uma Biblioteca”: a do Conhecimento e da Sabedoria.

         25/26.Jul.20
         Martins Júnior  

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