“Sexta-feira
era o dia fatal e aziago”…”Ai, aquela sexta-feira, 13”!
Quem
se não lembra do nosso Almeida Garrett – quer nas “Viagens na Minha Terra”, quer
no “Frei Luís de Sousa”, pela voz angustiada de Madalena – repercutindo as
lendas e superstições populares sobre a “sexta-feira,
dia 13”, povoada de demónios, bruxedos, remorsos, terrores e sobressaltos?
Mesmo que tenhamos ultrapassado o
obscurantismo medieval, a verdade é que “sexta-feira,
13” acontece todos os dias, “desde que o homem queira”, E torne cada dia “fatal e aziago”, carregado de
traumas, tremores e neuroses. E não é que, para castigo desta minha atrevida
ironia, cai-nos precisamente hoje em cima
do crânio e em todas as placas tectónicas da condição humana o terror
generalizado, engendrado por uma turma de tresloucados, cínicos, autistas imprevisíveis?!
Nomes de gente, mas estirpe de qualquer diabólico ADN que o povo escolheu para
governar!
Será preciso descrevê-los? Ei-los, de
peito aberto e olhos faiscantes, no trono das TV’s, vomitando ameaças de fogo devorador, com o mesmo
digital de Bush, em 2003, pronto a premir o disjuntor da morte! Anteontem, era
Trump a vociferar que “avançava já o
ataque à Síria”. Ontem, “afinal, não afirmei nada disso”, mas “o ataque poderá
ser já… ou nunca”! E foi preciso chegar ao século XXI para assistir (e tremer!)
como pintos diante de actuais monstros das cavernas pré-históricas?!.., Depois,
junta-se o sósia de Moscovo, comparsa formal e executor material do mesmo plano
de destruição maciça, sobe à cátedra e, como víbora sábia das estepes, arvora-se em douta
conselheira de soluções pacíficas. Do outro lado, até o gárrulo ditador turco, herdeiro
sequaz do criminoso império otomano, aproveita a maré da paranóia americana e
admoesta os ‘putos’ a não armarem “brigas de rua”. Quem aguenta tamanho cinismo
e hipocrisia, sabendo que têm na ponta dos dedos os paióis abastecidos?!... E
na sombra, lá se arregimentam Israel, Irão, Arábia Saudita. Quem nos livra,
quem exorciza estes demónios vivos?
13.Abr.18
Martins
Júnior
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