Um
dia que se junta aos mais de 18.000 dias em aberta e franca proclamação de “MACHICO-TERRA DE ABRIL”!
Uma tarde que o Povo não dispensa nesta roda viva transformada na sua interminável “Praia da
Liberdade”!
Um Largo que pais e avós nos legaram para transplantarmos
aqui o “Largo do Carmo”, o da Restauração, o da Alegria, o da Saúde!
O Palco sem bastidores onde Zeca Afonso
e Otelo Saraiva de Carvalho continuam abraçados à estátua de Tristão Vaz
Teixeira cantando a Grândola, Vila Morena, como nessa longínqua e duradora
tarde de Julho de 1976!
É por eles que o Povo sente a chamada,
sem o rufar de partidos e o beneplácito de governos e, por isso, não paga à publicidade
encartada, sobretudo a escrita.
Mais
vale pardal na rua que rouxinol na prisão: bem definiu o poeta do Povo, António Aleixo, o
amplo espaço da expressão livre. E Machico fez-se rua, fez-se praça, fez-se
Largo onde se respira a primavera de Abril!
A caminho do cinquentenário, em terras
de Tristão Vaz – Abril fica mais jovem, dos oito aos oitenta, no abraço de
gerações que sabem quanto custou no passado e quanto vale no presente o
vermelho dos Cravos da verdadeira Liberdade!
27-28.Abr.23
Martins Júnior
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