Menina que nasceste nos meus braços
Fruto doce
da Dor e do Amor
Que há
nas raízes raras que não morrem
Para
mim és o Milagre!
Por
isso te chamo Vitória
Escrito
na partitura e na memória
De um bandolim-irmão
com que enterneces
Tábuas
e mágoas
Corações
e gerações
Nas
tuas mãos já tens
As dez
espigas primeiras
Louras
como as tuas tranças
Límpidas
como as tuas pupilas fagueiras
Lago azul de todas as crianças
E
palma de ouro de todas as mães
Dez
espigas dos mil trigais
Que te
esperam vida fora
Mais
dez virão, dez vezes dez,
E já
não estarei para ver
Que
serás sempre o que hoje tu és:
Ternura
no olhar, firmeza dentro do peito
Promessa
de um mundo novo mais belo e perfeito
03-04,Ago.23
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