Na
semana que nos separa do 25 de Dezembro, o Dia de Todos os Natais da Vida, um HOMEM
intemporal voltou ao regaço quente e doce da Mãe-Terra. Não lhe chamarei os
nomes mais polidos, nem lhe farei o justo panegírico do protocolo fúnebre. Ele merece-o,
mas dispensa-o. Tão pouco derramarei uma
lágrima sobre a lousa tumular. Porque missão cumprida é vitória alcançada. Dele
“falou” , há seiscentos anos, Sá de Miranda:
“Homem dum só parecer
Dum só rosto e de uma
só fé
De antes quebrar que
torcer
Outra coisa pode ser
Mas de corte homem não
é”
São
assim aqueles que da morte se libertam!
Queres fazê-lo renascer e trazê-lo
de volta?...
Faz o mesmo. Façamos o mesmo. “De
um só rosto e de uma só fé, de antes quebrar que torcer”. “Homem da corte” é
que não, nunca! É assim que ele fica sempre connosco!
Interrompo hoje a
mensagem do” Grande Caminheiro” de Belém, para sentir mais fundo a mão generosa de um amigo apertando a minha.
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19.Dez.17
Martins Júnior
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