São
estes os dias de caminhar. Até para aqueles que fazem, nesta altura, a sempre
espantosa viagem sem regresso. O meu amigo Gaudêncio Figueira ampliou a lista
de convidados para a grande consoada sem ementa. E todos caminhamos, em passo
descontraído ou açudado, para as bandas de Belém.
Na
vanguarda, o Bandeirante-Bambino traz na mão o bordão de caminheiro e na mente
o ‘Gps’ para o mundo. Já o vimos abrindo o Caminho do Conhecimento e, através
deste, o Caminho da Luz. “Ele, a Luz que ilumina tos os que vêm a este mundo”!
Conhecimento e Luz partilham o parto da dignidade humana, consubstanciada na
encruzilhada desses dois caminhos: a Liberdade. Mais que ninguém, Ele aprendeu
desde a nascença ‘quanta custa a Liberdade’ e por ela sacrificou a própria
vida. “Vim ao mundo para libertar do medo e da escravidão todos os oprimidos da
terra”. Ele o disse.
No
quarto dia das ‘missas do parto’ vividas neste lugar das “Furnas do Cavalum”, o
Grande Caminheiro conduziu-nos à almejada (e nunca alcançada) planície da
Igualdade e da Fraternidade. Muito antes dos ideólogos da Revolução Francesa,
em 1789, o ‘Gigante-Menino’ já definira o rumo: “Liberdade, Igualdade,
Fraternidade”. Assim o disse e assim o fez. Ele “que não sabia filosofia e não
consta que tivesse biblioteca”.
A
nossa viagem continua pelos Caminhos de Belém.
21.Dez.17
Martins Júnior
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