Passando o diâmetro que separa a trajectória
dos dias, está tudo orquestrado para dar ao mundo o almejado concerto de um
nova sinfonia, um novo ritmo à vida e à história. Ao mundo todo, à Madeira e,
sobretudo à milenar instituição que dá pelo pomposo nome de Igreja Católica,
Apostólica, Romana.
Trata-se
de responder ao convite formal do Papa Francisco aos cristãos de todas as
dioceses do mundo para apresentarem propostas escritas com vista à renovação
e/ou redescoberta mensagem do Evangelho, conformando com ele a vetusta e caduca
instituição romana.
A apresentação pública das conclusões está
marcada para amanhã, Dia do Corpus Christi, pelas 15 horas na igreja do Colégio, Funchal. Não obstante a
impropriedade da data (dia já preenchido
com um ritual maior, o que manifestamente tira o pódio e a atenção devidas a
tão grande causa) lá estarei e vivamente recomendo.
Jorge Bergoglio, com este apelo, abriu a
era da SINODALIDADE, que significa o acto de caminharmos juntos, ao lado uns
dos outros. No caso em apreço, traduz o anseio do Pontífice global para trazer
ao redil da Igreja todos os crentes, incutindo-lhes o estímulo da corresponsabilização
no que concerne à orgânica dela própria e à correcta condução dos cristãos.
Tarefa demasiado pesada e não menos revolucionária para um Homem Só!
Sublinho “Um Homem Só”! Porque já ninguém
duvida, por um lado, da frontalidade deste Homem e, de outro, do incurável
vírus imobilista da corte vaticana, os cardeais, que, com o esquadrão de muitos,
abundantíssimos bispos, arremetem-se como poderosa muralha contra a renovação/redescoberta
da verdadeira face do Nazareno nos tempos que correm. No entanto, fica de pé o grito do octogenário
para a reconquista dos verdadeiros valores do Cristianismo!
E deixo este voto: que sejam respeitadas integralmente
as propostas apresentadas e, se possível, assinalar qual o seu número. Para não
sair desiludido da sessão da igreja do
Colégio, desde já partilho a minha objectiva sobre este magno acontecimento:
Não devem os brasonados ou mitrados eclesiásticos alimentar a ambição de trazer
prosélitos, ‘cristãos novos’ para dentro da Igreja. Antes deve a Igreja
despir-se dos seus ouropéis e rasgar caminho ao encontro dos viageiros que não
conhecem outro templo e outra estação senão a rua, a fábrica, a escola, a
oficina, a terra e o mar. Mais que os ofícios, novenas e pagelas pias, o que
faz falta é fermentar na vida dos homens e mulheres de hoje os férteis valores
humano-cristãos.
É isto e só isto que pretende o heróico
criador desta maratona chamada SINODALIDADE:’ Uma Igreja em saída’! (Papa
Francisco)´
15.Jun.22
Martins
Júnior
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