Vale um poema, um arco triunfal, uma
marcha nupcial.
Poema feito de suor, de génesis e de
espiritualidade!
Arco triunfal na partida e na chegada!
Marcha nupcial do amor entre a Terra e
o Homem!
Partiram como argonautas da noite,
desbravando os adamastores das trevas, rasgando de luz meteórica - circulante -
montanhas, carreiros e valados que a noite guardava no seu ventre milenar.
Subiram e desceram, descendentes de Mercúrio de asas nos pés, demandando “ânsias
de subir, cobiças de transpor”. Tanto foi o ardor com que voaram quanto o amor
com que pisaram as pedras do caminho!
Nos dias que correm, os Heróis da Terra,
sem palavras, num silencio ofegante e amante, bradaram a todo o mundo o duelo
pascal entre a vida e a morte, entre a saúde e a doença, entre o sufoco e a
respiração, entre o armamento e a alegria de viver. Enquanto o planeta
precocemente se desmorona e asfixia, aqui e agora numa modesta ilha do
Atlântico corre-se para a Vida plena e para a Paz intrínseca, duradoura.
Na revéspera da Alvorada de Abril,
estes jovens, homens e mulheres de todos os continentes, proclamaram a vitória
da Liberdade de viver contra a ditadura do poder! Aqui, na Ilha, onde todos os
ventos se cruzam e todos os países se encontram!
Eles vieram entronizar no alto do Pico
Ruivo o estandarte internacionalista de
povos e nações irmanadas no mesmo vértice e no mesmo abraço.
Bem hajam!
Por roteiros ocultos ao comum dos
mortais, eles e elas vieram refazer o abraço dos territórios que pertenciam à
velha capitania seiscentista, entre a Ponta do Tristão, no Porto Moniz, e a
Baía de Tristão Vaz Teixeira, em Machico, o Pórtico das Descobertas Lusas de
antanho.
Bem hajam, mil vezes Bem-vindos !!!
23.Abr.22
Martins Júnior
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