“O meu corpo
é uma verdadeira comida. O meu sangue uma verdadeira bebida. Quem come a minha
carne e bebe o meu sangue tem em si a vida eterna”.(Jo.6, 54-55).
“Isto é insuportável. Então, ele vai dar-nos a comer
a sua própria carne?” – disseram muitos judeus que ali estavam a ouvi-lo.(Jo.6-59).
Seremos nós antropófagos? – interrogam-se os homens de todos os tempos.
III
“Não compreendestes as
minhas palavras. Eu esclareço:
A carne não serve para nada. O espírito é que dá vida. As
palavras que vos disse são espírito e vida” (Jo.6,63).
Daí em diante, pelos séculos fora, construíram-se
mausoléus sumptuosos em Sua honra – E lá vem uma fala sentida: “A carne não
serve para nada”.
Fundiram-se milhões de pepitas de ouro para aprisioná-lO
em sacrários nobilíssimos – e lá de dentro vem uma fala repetida: “A carne não
serve para nada”.
De prata e ouro ergueram-se custódias
renascentistas, de raios flamejantes, âmbulas peregrinas que percorrem cidades
e aldeias – e as mãos que O transportam não sentem o frémito daquela fala
esquecida: “A carne não serve para nada”.
,
E “Quem tem ouvidos para ouvir, entender, - oiça, entenda”. (Mateus,
13,9 - Lucas,8,8).
07-08.Jun. Dia do Copus Christi)
Martins
Júnior
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