Na Madeira, o portal de
Setembro recebe ainda as
escorralhas de um Agosto regado de
arraiais, conjuntos e foguetes “de lágrimas”. É assim que o ilhéu define os
fogos de artifício. Cada povo ecoa o “bom, o mau e o vilão” que lhe correm nas
veias. Enquanto no norte da ilha, o despique é rei e as ‘promessas’ são jóias
da coroa do “Bom Jesus”, no sul entroniza-se o deus Baco, onde o vinho é
anfitrião e maestro. Os festivais de
tudo e de nada, os futebóis luso-magiar e a vitória dos ‘nossos’ e outros que
tais enchem e preenchem as prateleiras da nossa
despensa colectiva.
Enquanto isso, limito-me
hoje a trautear uma das canções que os grupos locais preparam
para sua festa, em 9 e 10 de Setembro
p.f. - uma festa em que o Povo é actor e autor. Pelo que revela de força
anímica e pelo optimismo esperançoso com que os jovens enfrentam o futuro,
transcrevo-a para quem sentir connosco o apelo do Amanhã:
Somos
o dia que amanhece
O
lenço branco da alegria
Se
a gente vem tudo aparece
P'ra
vir saudar o novo dia
Mas o jovem não encontra o seu lugar
O seu sonho não deixam realizar
Mas um dia sua hora há-de chegar
E a vitoria finalmente há-de cantar
REFRÃO
Viva quem ama
Uma vida sã
Viva quem chama
O Dia de Amanhã
*
O
nosso chão é a madrugada
O
pico alto é o meio dia
Cheia
de luz é a nossa estrada
Porque
a Esperança é quem nos guia
O caminho muito custa a percorrer
Na subida é preciso combater
Sabemos que outros vão desfalecer
Mas nós vamos até ao fim e até vencer
*
Irmão
amigo vem depressa
Junta-te
à nossa companhia
A
vida sempre recomeça
A
toda a hora há um novo dia
Já aprendemos nesta vida esta lição
Os que lutam nunca trabalham em vão
Não se cansam de lutar em união
Vem depressa meu amigo e meu irmão
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03.Set.17
Martins Júnior
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