O
navio já partiu. Ainda se ouvem os ecos sonoros das fragatas à distância,
restos da ressaca inicial da meia-noite. Já avistamos o pico dos horizontes
futuros que nos chamam mais ao largo. Não será mais a prosa dos dias insossos, mas a pujança da
vida que vamos afrontar. Pouco a pouco, o Ano Novo começa a pespontar na
silhueta das madrugadas lampejos de
esperança.
Lá
longe de nós, a aproximação, ainda que pela via desportiva, das duas Coreias, a fúria
e a desagregação interna do gabinete de Trump (presságio de dias menos sombrios
para o mundo), os 1300 refugiados que o Papa Francisco convida a almoçar
consigo, enfim, as descobertas científicas no âmbito da medicina – tudo converge
e nos convoca para entrar na tripulação do navio que descreve a rota da
história presente, a nossa.
Dentro
dos nossos territórios, cresce a onda
saudável sobre temas candentes, como o uso da ‘cannabis’ para fins terapêuticos.
Saúda-se a frescura dos debates entre duas candidaturas partidárias a nível
continental, o mesmo aguardando-se para
idêntico e cabal esclarecimento de todos os socialistas que vão escolher a liderança
regional. Debater é altamente terapêutico e promissor. É na agitação das águas
que elas se purificam. Ainda a nível diocesano, o surgimento de casos anómalos, como o do
Monte, servirá de mote para definir que tipo de Igreja e que estatuto de ‘ministros
sacros’ pretende o povo crente da Madeira.
Serão
inúmeras as estrelas a descobrir e a acompanhar neste, ainda caloiro, 2018.
Destaco também as livres iniciativas – públicas ou privadas – que se devem
propor para as comemorações dos seiscentos anos do Achamento da Madeira. E, por
fim, dentro de cada um de nós e em seu redor, há outras descobertas, vibram
apelos urgentes que esperam por nós.
Qual
a tua estrela, seja a tua bússola. Acrescenta, aqui e agora, a tua rota, mas que seja coincidente com a
meta global que a todos nos faz correr: a felicidade, o bem comum.
Boa
viagem, na largada!
11.Jan.18
Martins Júnior
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