o monstro unicórnio perfura
o ventre das torres
tritura a espessa e dura
ciclópica armadura
das muralhas que ergueu
cidades templos impérios
o monstro fez deles cemitérios
depois esventrou-se
crânio artérias pútridas entranhas
e expôs-se
obsceno e nu
desvairado suicida
em todas as praças vermelhas de sangue
cru
ostentando os falos da morte
que estrangulam a vida
venha depressa de Marte ou de Saturno
furacão maior ou avejão nocturno
harvey cindy irma florence
e arrase
paradas paióis petardos e porões
funda
toda a imunda base
onde medra o monstro unicórnio
traga o Homem Novo
torne-o
terra clara e sã
onde floresça transfigurado e belo
um outro Amanhã
11.Set.18
Martins Júnior
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