Mas não a leva toda
Maior e mais funda que a roda
Que abraça o planeta
É aquela mochila preta
Onde cabem gerações
Mergulham genes
Aninham-se canções
E estalam infrenes
Ritmos ancestrais
No forro dela tanto virão ainda quentes
Os lençóis de seda das alcovas matinais
Como virão sufocadas impotentes
As fomes e o gelo das madrugadas sem
pão
Sentou-se a criança da mochila negra
Puxou os livros aliviou-lhe o peso
Mas lá dentro na cinza de cada prega
Ficou o lume aceso
De Alguém-Pessoa
Passado e Presente na demanda do Futuro
Feliz de quem espera o portador da
mochila
Épico gigante se conseguir abri-la
E nela descobrir
Novos mundos que o mundo não ensina
Demiurgo de um tempo novo
Cavaleiro Parsifal
De um outro e nobre Graal
17.Set.18
Martins Júnior
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