segunda-feira, 5 de novembro de 2018

QUEM ESPERA POR D. SEBASTIÃO?


                                              

Desde 4 de Agosto de 1578 vagueia pelo mundo português o interminável cortejo de gerações e gerações na demanda de um D. Sebastião que lhes restitua a salvação, tragicamente  naufragada na soberba aventura de Alcácer-Quibir. Onde abundou  o sonho superabundou a maldição. E agora? Agora, na era da astronáutica, das “silicon valley” dominadoras do planeta e das “web sumit”,  coincidentemente, sediadas na capital do país?
Em boa hora o Prof. António Brehm ‘desencantou’ o códex 477 da Biblioteca Nacional intitulado CHRÓNICA D’EL REY DOM SEBASTIÃO,  contextualizada pelos Prof’s  Cristina Trindade e Rui Carita. Por sua vez, a Imprensa Academica (UMa) pôs-me nas mãos um exemplar e pergunta-me se, nos tempos que correm, ainda temos de suspirar pela salvação, a de antanho, a de hoje, a de amanhã. Por outras palavras sinónimas, é esta a grande incógnita: será legítimo e aceitável esperar um Salvador, um outro e novo DOM SEBASTIÃO?
  A pergunta, felizmente, é dirigida a seis cidadãos desta ilha, viageiros no mesmo tempo, embora em naus diversas. Em suma,  a questão dirige-se a todos os inquilinos do planeta, habitem onde habitarem. Aos da Madeira, particularmente nesta data. E de cada um depende a resposta. A sua também faz parte deste imenso e talvez indecifrável planisfério.
Que “salvação” trará ao mundo o sexteto informalmente reunido nesta terça-feira, 6 de Novembro, pelas 18 horas no Auditório da UMa?
O caso é connosco. A causa é de todos. Tenho para mim que a salvação não é individual, mas comunitária. E a condenação também. Salvamo-nos juntos. E juntos nos condenamos.

05.Nov.18
Martins Júnior  

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