Todos acordaremos em 28
de Maio.
Mas
poucos lembrar-se-ão que entraremos nos 96 anos daquela noite que abriu outra
maior. Chamaram-lhe pomposamente a “Revolução Nacional”.
Fizeram-na
os generais, o sacro simpósio da Igreja reunida em Braga abençoou e o Povo gostou.
Nos três braços trouxeram a Portugal a Censura, a Polícia Política, a Ditadura.
Até
Abril de 1974!
Foi
quando os mesmos braços (menos o da Igreja institucional) romperam o “espesso
negrume” e fizeram manhã de sol em Portugal: os Militares e o Povo!
O
que faz falta é olhar com ‘olhos de ver’.
Os
mesmos corpos por aí andam:
Os
do Maio/26 como almas penadas esfaimadas de fósseis de sangue herdeiro.
Os
de Abril e Maio/74 arremessando renovados cravos até tapar a noite toda já
passada.
Nas
ameias do castelo, não parem de tanger as trombetas vigilantes;
“Hoje
somos nós os Militares e o Povo do Abril/Maio de 74” !!!
“Vinte
e oito de outros Maios” – Tão iguais e tão diversos !
27.Mai.22
Martins
Júnior
Sem comentários:
Enviar um comentário