No
“Dia da Língua Portuguesa” um só
pensamento e um único poema bastará para definir a estrela da manhã que ilumina
todo o dia e toda a vida. Por isso, trago-o aqui nas minhas mãos - trémulas do peso que ela tem e frementes da
força telúrica que dela emana:
“A MINHA PÁTRIA É A LÍNGUA PORTUGUESA”
Fosse
de Pessoa, fosse de Camões, fosse do nosso Francisco Álvares de Nóbrega, ei-la
a Língua Lusa - nascida da vulva latina da velha Roma, do escravo Lívio Andrónico,
robustecida pela aristocrática Acrópole de Atenas e transportada pelos ventos
das velas-caravelas a todos os mares e continentes de antanho!
São
230 milhões de agentes sonoros que formam o elenco deste imenso coro orfeónico
que todos os dias enche de fonemas e poemas a abóboda deste planeta. Umas vezes
maltratada, outras em vias de descaracterização, outras vezes límpida e
cristalina como a água das nascentes, outras ainda emancipada pelo fenómeno da
miscigenação, a nossa Língua permanece como o berço onde nascemos, como o tronco
em que crescemos e como a bandeira verde-rubra em que todos nos abraçamos. Bem
vaticinou o poeta da “Mensagem”: Ela é geneticamente a nossa Pátria!
Que
bela encruzilhada e que esplendoroso estuário nos foi dado: o “Dia da Língua
Portuguesa” desagua em delta na baía de
Machico na “10ª Feira do Livro” - nas
obras apresentadas, nas canções exibidas e no linguajar aberto e franco de
todos quantos ali têm passado.
Aqui
também se veste português, aqui também se canta português, aqui também se ama
em português. Aqui também:
“A
NOSSA PÁTRIA É A LÍNGUA PORTUGUESA”!
05.Mai.22
Martins Júnior
1. A língua é a pátria verdadeira que dizia Pessoa. As línguas são as almas coletivas dos povos2, e são aquilo que por cima de qualquer outra cousa, nos faz sentir a fraternidade e comunhão duma mesma pertença3
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