Mestre
de Mestres, Professor de Professores – grego, latim, hebraico – na palma da sua
mão juntou, como ninguém, o classicismo académico e a terra-mãe do Jardim da
Serra, numa simbiose perfeita que só às almas grandes é dada em singular privilégio.
O
cordão que as entrelaçava – Academia e Terra – e a seiva que as alimentava
trouxe-as ele do berço onde nasceu: humildade e humanismo.
Já
nos dissemos um ao outro o essencial que define os viventes. Mas permite-me que
diga ao mundo o que me confidenciaste ao
ouvido:
“Sabes,
Martins, comecei a ser marcado pela diocese desde aquele dia em que fui
celebrar missa à tua igreja na Ribeira Seca, estava sobre a mesa a mesma ameaça
(embora não consumada) de que foste vítima:
a suspensão a divinis”.
Daqui a algumas horas, acompanhar-te-ei à tua
nova e eterna casa, que um dia será minha. Fá-lo-ei sob protesto. Contra uma
instituição a quem tudo deste e que, em vez de Mãe, foi para ti cruel madrasta. Como fizeram ao teu
conterrâneo e amigo nosso, um outro gigante num coração de passarinho, Padre Santo
Mário Tavares Figueira!
Pelo
que sofreste por nós - Perdão.
Pelo
testamento de persistência e verdade que nos deixas – Glória Eterna!
11,Mai,22
Martins
Júnior
Que maravilha de texto! Que palavras! Quanta verdade nelas transmite e verdade dura e cruel!
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