... gritaria aos quatro ventos o lume
que me queima
o gelo siberiano que me afoga
e o sangue mártir que lhe sai da mão
tinta das vítimas que assassinou
... soltaria todas as pétalas do meu
corpo
para pousá-las nos canos das armas
e calar de vez os monstros e os mísseis
de Odessa e Mariupol
… cairia aos pés de Putin
como o orvalho da manhã
gemendo de pranto, implorando Abril
em Kiev de São Vladimir
… e se ao fim de tudo a mão ursa das
estepes
não movesse um dedo sequer daquela
rigidez
entregar-lhe-ia a corola rubra do meu ser
armadilhada e militante
como as minas das picadas
mas exultante e bela
por abrir de novo a alvorada
a um povo perdido na noite morta…
… e então seria um Cravo a Europa toda
E todo o mundo o Coro da Liberdade
09.Mai.22
Martins Júnior
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