--Da análise dos ventos e acontecimentos, a sabedoria
popular retira o princípio geral, eminentemente pragmático: “Maus
começos, bons acabamentos”.
Pois, hoje, perante a truculenta aterragem do longo
curso do ano 2022, forçoso é inverter o ‘ónus da prova’.
Eles aí estão os acabamentos, nem é preciso rodar o
trinco da porta para deixá-los entrar. Já estão dentro, na ponta dos teus
dedos, basta accionar o porumdeusmedonho, ‘comando’ e logo saltam como
fantasmas da noite:
• No Irão,
100 pessoas em risco de serem assassinadas pelo governo, por reclamarem o seu
direito.
• Do Irão
viajam centenas de drones rumo à Rússia para afogar gente inocente, indefesa em
Kiev.
• Da
Rússia partem os monstros da morte, cegos como feras da
selva, ‘abençoadas’ por um deus
ortodoxo e medonho um povo ucraniano.
* No outro extremo, furam as epidemias,
atiram-se mísseis como brinquedos de carnaval, desabam as forças da natureza
picadas pela mão do hom.
* E o tridente da morte trouxe, na bandeja
fatídica, estrelas de primeira grandeza do desporto-rei, da Roma pontifical e,
junto de nós, um distinto ‘pároco da aldeia’.
* Na Madeira, enquanto tudo se embriaga de luz
aos borbotões, desde a serra ao mar, o Bispo do Funchal enche a Sé Catedral do
realismo duro e cru, os acabamentos sombrios de muitos anos que a sociedade não
consegue esconder: habitação e a falta dela, a pobreza, o custo de vida,,
a falta de emprego, os jovens e as drogas, enfim, as chagas da cidade. Nem tudo
são rosas brancas…
Estão
chegando as badaladas suspiradas. Um frenesi toma conta das pessoas e dos
champanhes- A pergunta é só uma: Onde armazenar os acabamentos de 2022 ?...
Serão suficientes os 58 postos de fogo?... Que pesarão mais: as 10 toneladas de
explosivos ou as milhares enunciadas pelo Bispo do Funchal no ’Te-Deum’ da
Catedral ?
Ilha dos
Amores – diria Camões.
Ilha Milionária – dirá o Zé Povo quando passar a
depressão
31.Dez.22
Martins Júnior
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