Talvez não adivinhem quem
são, onde estão ou de onde vieram elas - essas democracias. Pois bem, abram o
LIVRO, nos chamados “Actos”, capitulo VI, 1-7 e logo achá-las-ão. Em nenhum
império, em nenhum regime ateniense, muito menos espartano. Só numa pousada
revolucionária, por mais contraditórios que pareçam estes dois conceitos.
Mas é aí mesmo: na revolução que trouxe
o Nazareno, cujo programa consistia na criação de uma pousada de ar puro no
meio da poluição geral, onde todos tivessem o direito de respirar livremente a
mesma clorofila verde e pujante. Onde todos pudessem optar pelo melhor e pelos
melhores. Onde fossem pesadas na mesma balança os talentos, as qualidades e aptidões
de cada cidadão.
É a essa estância que se pode chamar a
pousada revolucionária. Porque para lá chegar só há um atalho pedregoso - a
revolução das mentalidades – e um oásis reconfortante – a liberdade fértil,
ascendente. E foi isso mesmo que se passou então.
No início da transformação global da
sociedade sonhada pelo líder da Galileia, havia duas coordenadas em marcha: a
formação de novos critérios e a acção coerente com esses critérios, nomeadamente
o apoio aos estratos sociais mais vulneráveis ou em inferioridade de opções. Os
sequazes de Jesus, os apóstolos, chegaram a um patamar de expansão tal que lhes
era impossível segurar os dois compromissos: o ensino e a acção social. Até
porque logo surgiram os protestos dos gregos convertidos, cujas viúvas eram
descriminadas negativamente no “serviço das mesas”, era assim designado o apoio
prestado às famílias.
Prioritário
afigurava-se-lhes o ensino, conforme o mandato do Mestre. Então propuseram à comunidade que escolhesse
sete colaboradores, homens probos e de espírito solidário, a que chamaram
diáconos, para as referidas funções complementares. E assim fizeram os
primeiros cristãos. E assim se formou a Igreja primitiva, original. Os seus
membros sentiam-se parte integrante da comunidade com deveres a cumprir e
direitos a exercer, sobretudo, a intervir activamente na nomeação dos seus
líderes. Assim foi até ao século V. Um dos mais ilustres Santos Doutores
representativos da Era Patrística afirmava peremptoriamente: “Podem rejeitar o
bispo que o povo não escolheu”.
A
Democracia real, autêntica! Sem leis nem decretos regulamentares, porque
nascida de uma mentalidade, ética e
sociologicamente estruturada em valores humanos, transfigurados pela palavra de
Pedro neste mesmo dia: “Vós, cristãos, sois povo eleito, sacerdócio real”.
Já
não há democracias dessas… nem dentro nem fora da Igreja, das igrejas!
Quando iniciaremos a viagem de
regresso às fontes?
Em
tempo:
Saúdo
o glorioso dia 8 de Maio de 1440 – o Dia do Concelho!
Após
numerosas reuniões e consultas levadas a efeito pela Assembleia Municipal de
Machico junto das cinco freguesias, saiu
vencedor o “8 de Maio”, porque foi nesse mesmo dia que, em 1440, o Infante Dom
Henrique outorgou a Tristão Vaz Teixeira a Carta de Doação de Machico, como
Primeira Capitania da Madeira. A do Funchal só surgiu dez anos depois, em 1450.
Machico
celebra 583 anos de existência como
entidade administrativa na história pátria!
Se
continuássemos a celebrar no Dia dos Milagres, 1803, Machico teria apenas 220
anos de existência oficial.
Como
foi possível – exclamava um munícipe – durante tanto tempo termos amputado a
Machico 363 anos de história e 384 do seu achamento?!
Viva
o Glorioso Dia 8 de Maio de 1440!
Viva
o Patriótico Dia 8 de Maio de 2023!
Só
quem renega Machico é que lhe nega a verdadeira idade.
E
se os ingleses orgulham-se da sua Monarquia milenar, (todo o Mundo viu na
Coroação do Rei Carlos III) como vamos nós, Gente de Machico, esconder o nosso
glorioso Passado?!
7-8.Mai.2023
Martins
Júnior
Caro Mestre
ResponderEliminarOs tempos são feitos de mudanças aceleradas, facto que impedem que essas democracias escapem ao rumo das dinâmicas da ambição humana! Efetivamente, os fins deixaram de ter percursos de rasgos humanizados e humanizantes o que, por si, descredibilizam e desertificam as sementes dessas virtudes de âmbito social-politico e educativo das sociedades atuais. Contudo, deixar de acreditar, tornar-se-á na maior derrota do futuro da humanidade. Com um grande abraço.