QUE ME DEIXOU UM AMIGO QUE NÃO MORRE
Se “morrer é deixar de ser visto”
ficou-me a tua voz
transparente e poderosa
como o teu olhar
Isso me basta
para ver o invisível
Nas sombrias pregas do desgosto
fica-me também o gosto
de te ter dito face a face
quando ainda eras visto
o que trago aqui escrito
No renovado ecrã
De cada manhã
Vejo sempre a tua voz
Relógio d’água a despertar
Transparente e poderosa
Como o teu olhar
À
Basília e sua filha
Com
os cravos vermelhos que ele tanto amou
7.Out.2015
Martins Júnior
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