( Foto de: David Francisco)
Para a Mafalda Grace ler quand for grande,
Para a Maureen e para o Rigo que a trouxeram
nos braços lá do longínquo San Francisco da Califórnia
Os mares e marés que tu andaste
As ilhas e os nimbos que se abriram
À tua passagem
Para aqui chegar
Linha recta sem portagem
Dentro da nau
Dos braços em arco
Que te deitaram ao mundo
Enfim vieste
Asa branca a rajar
De azul-celeste
Nos teus olhos de criança
E a Ribeira que era Seca
Ficou cheia
Fez-se rio
O Jordão da Galileia
Leite materno te baptizou
Alma de Rigo
Te vestiu e te sagrou
Toalha de puro linho
Oh suspirado sonho antigo
Que o não sabe mais ninguém
Trouxeram-te os avós
De aquém e de além
Mafalda Princesa
Sigam-te sempre
Como chama acesa
O sol do meio-dia
E no sol-posto
O Luar de Agosto
Suprema tela
Pintada a duas mãos
De todas a mais bela
No ritmo binário
De quem ama
Que te inunde e te leve
Aberto em estuário
A nascente deste rio
Que hoje se cumpriu
Mafalda Grace
Com a força do Operário
E a ternura da tua Graça
Hás-de erguer no mundo fora
O olímpico clarão
Deste dia e desta hora
Cantando esta canção
Sempre sempre o meu Baptismo
É um Baptismo em construção
17.Ago.16
Martins
Júnior
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