Será monstro ou mostrengo
Promontório ou tenebroso cabo
O que os meus olhos tocam lá onde
Assomam esconsos do diabo
Para engolir as frágeis naus em que
navega
A Cruz de Avis, de Sagres, de Jerusalém?
“Oh
São Lourenço, chega”!
Que tanto maior que o medo que do
monstro vem
Será o velame
Desta bandeira-gente lusa que se fez ao
largo.
Ou não me chame
Tristão ou não me chame Zargo!
De ti rochedo informe
Farei o milagre do pão
Em jardim terreal
Pão enorme
Do açúcar do vinho tântrico do perfume oriental
Que todos te amem, jamais ninguém te
tema
Estância universal em Dia do Poema
Adeus mar bravio, sangue amargo
Das fragas em cachão
Ou eu me não chame Zargo
Ou não me chame Tristão!
,
21.Mar.19
Martins Júnior
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